27 de outubro de 2017

ATÉ BREVE



Até Breve


Não sei se alguém lerá isso, mas mesmo assim escrevo.

Por alguns anos esse blog foi meu diário, uma ferida aberta onde deixei escorrer tudo que mais doía em mim, sempre fui muito introspectiva (não mudou muita coisa) e aqui foi onde pude gritar as minhas dores, tristezas e medos para que de algum jeito pudesse suportar a vida.
Sinto orgulho dos meus poemas, apesar dos seus erros ortográficos e amadorismo nada tira a verdade que eles carregam, não podia escrever nada mais real e intenso sobre mim e a constância em que foram escritos era uma forma de tentar tirar desesperadamente a dor que sufocava minha alma.

Os anos se passaram e aquela que escrevia esses poemas é hoje uma completa desconhecida, mas sou empática ao que suportou por tanto tempo, me vejo por outra perspectiva, tenho outros sonhos e outros planos e por isso não vejo sentido em dar continuidade em algo que não sinto mais.

Isso não é um adeus é um até breve, pois como dizia Vinicius de Moraes: " Tristeza não tem fim, felicidade sim."

Instagram: @l.grlpwr

                                                                                                                    Aline Cordeiro

30 de maio de 2015

Versos Tristes



Versos Tristes

Bom velho amigo
Chegou a hora da partida
Dentro de mim encontro rachaduras
Tão bem delineadas e profundas
Já não doem mais
Esqueceram de incomodarem

Queria despir minha alma
Arranca-la de dentro de mim
Poderia eu, ser capaz de demonstrar
Toda tristeza que nela habita
Seriam os versos mais tristes...

By: Aline Cordeiro


13 de maio de 2015

Fragmentos


Fragmentos


Um lugar onde irá me encontrar
Distante... Onde sonhos flamejam no ar
Inconfidente tristeza no semblante
Esquivando-me nos cantos relutante
Fragmentos de tristeza sempre irão ficar
Vai batendo e rachando até a vida se acostumar.

Deixei cada pedaço de mim, morrer
Olhos cansados, relutantes
Fecham-se para a lágrima escorrer
Olhos em chamas se apagam no derramar das lágrimas
Poderia encher um oceano inteiro...

Alma rachando como rosa semimorta
A última rosa da primavera
Parece pesada, cansada, desgastada
Mas num simples sopro, voa
Voa longe, no lugar onde o corpo queria pertencer.


By: Aline Cordeiro


7 de janeiro de 2013

Changes


Changes

Apenas deixando o vento me levar
Que me leve pra bem longe
Muito longe deste lugar
Minha pobre alma ensandecida
Há poucos deixou essa vida
Não olharei pra trás arrependido
Por mais que o coração esteja ferindo
Em um último e profundo suspiro
O ar nos pulmões entram, quase cortando
Entre lembranças breves e sofríveis
O coração bate acelerado, quase rachando

Nada tão igual aquele sempre
O sempre é tempo demais para não mudar
Mas muda assim, assim tão de repente
E demora até a vida se acostumar.
By: Aline Cordeiro


12 de agosto de 2012

Inanimate



Inanimate

Na mais vasta e gélida escuridão
Encontra-se o mais profundo do meu ser
Que a solidão nunca a abandonará
E essa alma da inanimada
Cheia de tristeza
Não mais se convence a lutar
Perambulando por espaços
Tomados de dor
Sem realmente saber o que encontrar.

Bem estranha posso parecer
Talvez porque eu seja!
E se toda essa tristeza que me habita
Faz me sentir-se bem
É porque já me acostumei.

Todo o resto não importa mais
São sobras de uma vida mal vivida
Tão jovem e tão retraída
E com a morte me vem a melhor saída.

By: Aline Cordeiro
                                                                                                                             

                                     


8 de julho de 2012

Bye, my old friend!


Bye, my old Friend!

Então de repente sinto-me trocada
Por melhores novos amigos
Já não o faço rir como antes.
Todas as coisas que disseste a mim
Foram-se ao soprar do vento
E sinto-me como se pudesse morrer.

Adeus meu velho amigo!
Que parece estar mais radiante
E eu cada vez mais próxima da escuridão
Todas as noites tristes chorei por ti
E em profunda alma desejei lhe
Estar mais feliz do que à mim.

Adeus velho amigo!
Sentirei muita falta
De todas as coisas compartilhadas
Das únicas vezes que me senti viva
E das falsas esperanças por melhores dias.

Adeus amigo!
Talvez algum dia
Eu te encontre por aí:
Em uma outra época
Com uma outra lembrança
Com outros sonhos
Com outro melhor amigo...

Adeus!

By: Aline Cordeiro

23 de junho de 2012

Run Away


Run Away

Com o passar do tempo
Vidas ficam vazias
Com esperanças de serem preenchidas
De repente tudo muda
E nada mais importa
Os sonhos são deixados de lado
E dão lugar a coisas fúteis.

Há tantos lhe esperando lá fora
Mas você deseja fugir
Fugir da terrível realidade
E seguir os seus sentidos
Tentando fazer seu próprio destino
Caminhar pelo caminho contrário
Ao que era seguido.


Depois de certo tempo
Caminhar sozinho não é tão ruim
Faz-nos mais forte!
As lembranças ruins te rodeiam novamente
Fazendo com que a sua dor aumente
E suas lágrimas já não vistas há tempos
Escorrem desordenadas sobre seu rosto
Não queres mais viver de um passado
Que lhe fizestes tão mal
E desejas que no futuro
Talvez um dia encontre
Um lugar onde seus sonhos
E a realidade se completem.

By: Aline Cordeiro